segunda-feira, 26 de junho de 2017

Esclarecimento dos Arautos do Evangelho sobre campanha difamatória

Uma pergunta que necessita urgente resposta:
“A quem aproveita essa campanha difamatória?”

Tem circulado em algumas mídias sociais, de modo ilegal, vídeos privados de bênçãos de libertação feitas por sacerdotes arautos, bem como de reuniões privadas de uma comissão da mesma instituição, formada para estudar fenômenos preternaturais, dentre os quais, pretensas revelações feitas pelo maligno.

A divulgação de tais vídeos, promovida principalmente por Alfonso Beccar Varela (Filho) e Marcos Lofrese Junior, costuma vir acompanhada de títulos e comentários tendenciosos, incluindo montagens e edições, com notória inclinação difamatória e passional, não excluindo, em alguns casos, o lamentável recurso ao burlesco.

Recentemente, o senhor Alfonso Beccar Varela iniciou, também, uma campanha de arrecadação de fundos, para “ajudar economicamente com uma contribuição para ajudar a difundir” os vídeos.

Diante desse cenário, cabe uma palavra da entidade que se vê mais diretamente prejudicada por esta campanha orquestrada por motivos até agora desconhecidos: os Arautos do Evangelho.

Os Arautos do Evangelho são uma Associação Privada de Fiéis de Direito Pontifício que congrega, também, um ramo clerical (de sacerdotes e diáconos), a Sociedade de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli.

Por ter-se tornado notória a disponibilidade dos padres arautos para prestar auxílio espiritual nas situações mais adversas – como o atendimento de confissões sem restrição de dia ou horário, a unção dos enfermos em inúmeros hospitais e até mesmo em situações de desastres – não tardou que fiéis também passassem a vir até nós pedindo auxílio contra ações que supunham
ser de espíritos malignos.

Considerando que a maioria dessas situações é de urgência, bem como tendo em vista que, ante a negativa de um sacerdote, não é raro que pessoas procurem refúgio em outras religiões ou denominações, os padres arautos – embora respeitado o princípio da sã liberdade religiosa – sentem-se obrigados a nunca negar também esse socorro, administrando, assim, bênçãos comumente designadas de "cura e libertação". Vale ressaltar aqui que a denominação "exorcismo" é empregada corriqueiramente pelos padres no seu sentido lato, ou seja, de uma oração e/ou cerimônia religiosa para esconjurar – em forma de súplica - o demônio e outros espíritos malignos, e não necessariamente no sentido estrito, que seria propriamente o exorcismo do rito canônico.

Nas bênçãos em que o demônio se manifesta, não é raro que ele profira declarações utilizando-se das cordas vocais dos indivíduos que estariam em possessão, geralmente com alteração do timbre de voz costumeiro do fiel. Essas declarações, via de regra, devem ser tomadas com toda a prudência, afinal, é sabido que o demônio é conhecido como o "pai da mentira".

Eis que começaram, então, a chegar relatos - decorrentes de bênçãos realizadas em diferentes locais - dando conta de que o maligno, de posse de pessoas totalmente alheias aos Arautos do Evangelho, estaria falando coisas referentes a essa Instituição, aos seus integrantes e a autoridades eclesiásticas e civis.

Diante do inusitado de tais eventos, passaram eles a ser comunicados à direção dos Arautos, por meio de relatórios escritos, o que motivou a constituição de uma comissão de padres para estudar o assunto, em reuniões privadas.

Tendo em vista o fato de que os Arautos são uma associação na qual a maioria de seus membros leva vida comunitária e fraterna, nada mais plausível que essas experiências e relatos, sobretudo os mais intrigantes, fossem compartilhados entre os sacerdotes, assim como é feito com tantas outras repercussões de atividade pastoral, sempre, contudo, restritas àquele círculo de religiosos.
No caso específico da luta contra o demônio, é perfeitamente compreensível que os sacerdotes arautos ajam com naturalidade frente a relatos que causariam espanto a muitas pessoas leigas, pois estão mais familiarizados com esse tipo de situação, e igualmente precavidos sobre o que pode ser tomado a sério e o que deve ser descartado.

Nesse contexto, dado que os membros dessa comissão estão constantemente em missão - seja no Brasil, seja no exterior - gravações em vídeo ("filmagens") das reuniões são sempre feitas por um dos participantes, especificamente designado e autorizado a fazê-lo, sendo tais vídeos posteriormente arquivados e remetidos aos que se encontravam ausentes na ocasião.

Esse envio é feito mediante o compromisso de se tomar conhecimento do material reservadamente e, em seguida, apagá-lo, como consta nos documentos em posse da direção da entidade. Com esse mesmo intuito, foram realizadas filmagens de algumas dessas bênçãos, quando ministradas a pessoas do círculo interno dos Arautos, já explicadas em nota anterior.

No entanto, alguém - que ainda desconhecemos - teve acesso a gravações de reuniões, e forneceu indevidamente esse material a um ex-membro da TFP (Tradição, Família e Propriedade) e antigo desafeto dos Arautos: o antes mencionado senhor Alfonso Beccar Varela (Filho), o qual, por sua vez, é mantenedor de um blog sediado nos Estados Unidos.

Essa filtração de material confidencial, reservado, está sendo objeto de apuração interna, com vistas a identificar o autor, verificar suas reais intenções, bem como adotar medidas disciplinares adequadas, sem prejuízo de outras de caráter judicial.

De tais reuniões, vale destacar, realizadas no foro privado e confidencial, não resultou nenhuma diretriz específica, nem para os sacerdotes, nem para o restante dos componentes da Instituição; não decorreu nenhuma mudança de conduta dos Arautos, seja perante as pessoas nelas referidas, seja perante as demais autoridades civis e eclesiásticas – fato que é público e notório; e, sobretudo, seu conteúdo não foi, de forma alguma, propagado ao público em geral.

Ressalte-se que mais de um ano já decorreu da gravação da maioria desses vídeos e os Arautos continuam sua caminhada em seu apostolado, de forma inalterada.

O referido senhor Alfonso Beccar Varela afirma que possui mais vídeos e que continuará a publicá-los. Talvez consiga fazê-lo, até o momento em que o braço da lei – brasileira e/ou norte-americana – o atingir, máxime tendo em conta, dentre outros, a violação da intimidade, vida privada, honra e imagem de pessoas, bem como a violação de direitos autorais.

De tudo isso, entretanto, é de se indagar: a quem aproveita essa campanha difamatória? Qual o intuito, se tomado em consideração à luz da caridade cristã, tanto da pessoa que encaminhou os vídeos das reuniões, quanto, principalmente, das pessoas que os divulgam, tendo em conta que, insatisfeitas com um instituto da Igreja, ao invés de se valerem dos instrumentos próprios, seja na esfera civil, seja na esfera eclesiástica, fazem uso indevido de material confidencial e privado, obtido de forma ilícita, distorcendo a imagem da Instituição perante o público?

De qualquer forma, seja qual for o conteúdo que os detratores venham a explorar dessas reuniões e vídeos, convém reiterar: são eventos de circulação exclusivamente interna, de caráter estritamente informativo aos padres arautos membros da comissão.

De fato, a delicadeza do tema e o direito à privacidade das pessoas vítimas das ações malignas obstaculizam a divulgação mais ampla. Privacidade essa, no entanto, que não temeram violar, de forma totalmente ilícita, os que agora publicam os mencionados vídeos.

Encerramos esta nota reconhecendo que, de fato, temos mais inimigos do que imaginávamos - e inimigos devotados, que giram como satélites ao nosso redor, mas que precisam, na tentativa de nos destruir, utilizar-se de condenáveis manobras, valendo-se de material privado, coletado de maneira antiética e na clandestinidade, e levianamente divulgado no universo tantas vezes frenético e questionável da internet.

Fazem isso porque, certamente, nunca conseguirão atacar, nem o respeito e devoção com que os Arautos celebram o Sacrifício Eucarístico; com que administram os Sacramentos a todos; com que adoram permanentemente o santíssimo Corpo de Cristo presente nos ostensórios das capelas e Igrejas; com que celebram diariamente as Horas; com que prestam culto especial, principalmente mediante a recitação do rosário, à Virgem Mãe de Deus; nem, muito menos, a harmoniosa cooperação com as autoridades eclesiásticas em todas as suas esferas.

As pessoas que estão promovendo a referida campanha difamatória, por motivos até o momento desconhecidos, causam, com seu proceder, graves danos, seja para a boa fama das autoridades e personalidades mencionadas, seja para a própria Igreja.

Os Arautos do Evangelho, consagram a São José, padroeiro da Igreja, a própria defesa, na certeza de não serem desamparados pelo pai virginal de Jesus e esposo digníssimo de Maria. A ele confiam também o bem espiritual e moral das partes interessadas, e, mesmo ainda, dos próprios detratores da instituição.